Sindicatos unem forças para combater informalidade em cerâmicas e olarias de Canelinha

Nesta terça-feira, 8 de julho, uma reunião realizada na sede do SINCERVALE — Sindicato das Indústrias de Cerâmica do Vale do Rio Tijucas — marcou importante passo para o enfrentamento da informalidade no setor cerâmico de Canelinha e região. O encontro reuniu o presidente do SINTRICOMB (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e do Mobiliário de Brusque e região), Izaias Otaviano, e o presidente do SINCERVALE, Zilto Lino de Simas.

O principal objetivo do diálogo foi definir ações conjuntas para combater irregularidades que ainda persistem em diversas cerâmicas e olarias, como trabalhadores sem registro em carteira, falta de uso adequado de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e outros descumprimentos da legislação trabalhista.

De acordo com o presidente Izaias Otaviano, o problema foi identificado durante visitas recentes realizadas pelo SINTRICOMB a empresas do setor. “Percebemos situações de trabalhadores em condições precárias, sem qualquer vínculo formal, o que gera prejuízos tanto para os profissionais quanto para empresas que atuam dentro da lei”, destacou.

A parceria entre as duas entidades pretende mapear as situações de irregularidade, orientar empregadores, formalizar denúncias quando necessário e cobrar fiscalização mais efetiva dos órgãos competentes. O envolvimento do sindicato patronal se dá pelo cumprimento da legislação por parte das empresas, defendendo quem trabalha corretamente e combatendo a concorrência desleal.

Os dois sindicatos vão elaborar um plano de ação em conjunto para ser aplicado já nas próximas semanas. As situações irregulares serão enviadas ao órgãos competentes, que tomarão as medidas legais.

Motor da economia local

Em Canelinha, a cerâmica e as olarias são o coração da economia, movimentando cerca de 63 empresas e gerando mais de 400 empregos formais diretos. O setor responde por quase um terço da riqueza produzida no município, mas ainda convive com problemas estruturais, como a baixa formalização de parte da mão de obra, especialmente em empresas de menor porte.

A expectativa dos sindicatos é que, com ações conjuntas, seja possível reduzir significativamente os índices de informalidade, melhorar as condições de trabalho e fortalecer a imagem do setor, que é responsável não só por impulsionar a economia local, mas também por iniciativas solidárias, como a recente doação de mais de 170 mil tijolos ao Rio Grande do Sul.

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