CONTRICOM aponta continuidade da luta contra desmonte da CLT
Os integrantes do Conselho de Representantes e a Diretoria da CONTRICOM, reunidos no Centro de Treinamento Educacional da CNTI, em Luziânia (GO), nos dias 7 e 8 de junho, foram unânimes em continuar apontando o caminho da resistência à Lei 13.467/17 (reforma trabalhista), com o objetivo de defender os direitos dos trabalhadores e das organizações sindicais em todos os níveis.
Segundo o presidente Altamiro Perdoná, que coordenou as duas reuniões, “a CONTRICOM continuará conclamando todos os sindicatos e federações filiadas a intensificarem a luta contra a aplicação da Lei 13.467/17 por representar o maior ataque aos direitos dos trabalhadores e às suas organizações de nossa história e a violação das convenções da OiT às quais o Brasil é signatário”.
Segundo Altamiro, “nesse cenário, consideramos fundamental promover a mobilização permanente dos trabalhadores na defesa de suas conquistas por todos os instrumentos que estiverem ao nosso alcance, nos locais de trabalho, nas mesas de negociação e na Justiça, quando necessário”.
“É hora de defender com unhas e dentes as Convenções e os Acordos Coletivos de Trabalho, nunca antes tão ameaçados pelos que alardearam cinicamente a supremacia do negociado sobre o legislado para justificar a maldita lei”, argumentou o dirigente sindical.
Durante a reunião da Diretoria, no dia 7, que contou com a presença de todos os presidentes das 14 federações filiadas à Confederação, foram apresentados os relatórios dos diretores residentes e não residentes.
Todos fizeram uso da palavra para informar sobre o andamento das negociações coletivas em seus Estados e foram unânimes em abordar duas questões: a resistência patronal frente às reivindicações relativas à negociação coletiva e as dificuldades decorrentes da redução brutal da arrecadação, tanto por parte das federações como dos sindicatos em geral, além da própria CONTRICOM.
O secretário de Finanças, Aroldo Garcia disse que “a situação se torna ainda mais grave diante do desemprego muito alto”. Falou ainda da experiência da FETICOM-RS, que preside, de negociar diretamente com as empresas, concluindo que “temos que mostrar para o trabalhador a importância de suas entidades, inclusive como forma de assegurar a subsistência das mesmas, hoje ameaçada pela lei trabalhista”.
Já o secretário-geral, Miraldo Vieira, argumentou que “o movimento sindical e os trabalhadores não são os culpados pela situação que se criou e, sim, vítimas de uma política orquestrada pelo governo e pelo grande capital”. Miraldo defendeu “a mobilização permanente dos trabalhadores para defender seus direitos e conquistas e assegurar o funcionamento de suas entidades”.
FONTE: Contricom