Iniciada negociação coletiva nas cerâmicas e olarias de Canelinha
Os trabalhadores das cerâmicas e olarias da região de Canelinha definiram o rol de reivindicações a ser entregue aos empresários do setor na negociação coletiva 2021-2022. A assembleia que elaborou as propostas aconteceu na manhã do último domingo, dia 23, na subsede do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Brusque e região (SINTRICOMB), que representa a categoria.
Na oportunidade, o grupo presente definiu solicitar 9% a 10% de reajuste salarial nos pisos da categoria. O percentual repõe a inflação do período de doze meses anteriores, mais ganho real na casa de 2% a 3%. Pelo menos de acordo com a projeção do índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
“Foi aceito os índices que os trabalhadores entenderam pertinentes para a negociação. Sabemos que as cerâmicas passam por um momento importante, tanto na questão financeira quanto parque fabril. Então. Chegou a hora de os trabalhadores terem seu conhecimentos, pois são eles que fazem girar toda essa grande engrenagem”, destaca o presidente do SINTRIICOMB, Izaias Otaviano.
Segundo ele, o INPC está atualmente na casa de 5% e isso tende a crescer mais nos próximos meses. Nos últimos anos, a negociação aceitou8 fechar o acordo apenas com o índice de inflação, que é obrigatório por lei. Agora, na visão do sindicalista, é preciso que as empresas façam sua parte.
Primeira conversa
Nesta terça-feira, 26, as duas entidades que negociam a convenção, o SINTRICOMB pelos trabalhadores e o SINCERVALE pelos empresários, tiveram a primeira reunião. O encontro aconteceu na sede da entidade patronal, em Canelinha, reunindo os presidentes Izaias Otaviano e Dario Grim, respectivamente.
“Entregamos a pauta ao novo presidente e explicamos os motivos do pedido neste índice”, pontua o presidente do SINTRICOMB.
Agora, a proposta será analisada pelos empresários. A data base da negociação é fevereiro, ou seja, quando ela deve estar encerrada. Os reajustes recaem sobre a folha de pagamento que os trabalhadores recebem em março.
