Sem acordo na primeira tentativa de negociar a Convenção Coletiva
Não houve acordo na primeira reunião entre comissões do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de Brusque e região (Sintricomb) e do Sindicato das Indústrias da Construção (Sinduscon) para negociar a Convenção Coletiva de Trabalho 2019-2020. O encontro foi realizado na manhã de segunda-feira, 15, na sala de reuniões do Sintricomb.
Foi a primeira conversa formalizada entre as partes, lideradas pelos presidentes do sindicato laboral, Izaias Otaviano, e do patronal, Ademir José Pereira. Participaram ainda do encontro os assessores jurídicos de cada entidade, Fabricia Meirelles Ogliari, pelo laboral, e Paulo Cesar Piva, pelo patronal, além de diretores de ambos os sindicatos.
Embora não tenha havido avanço nas propostas apresentadas pelos trabalhadores, as partes acertaram de manter a data base em 1º de maio. Ou seja, ainda que a negociação seja encerrada após esse período, os reajustes serão aplicados retroativamente à data.
“Fizemos a reunião, até discutimos alguns pontos da pauta, mas apenas asseguramos a data base. Nada além disso”, pontua o presidente do Sintricomb, Izaias Otaviano.
A proposta apresentada pelos trabalhadores aos empresários, elaborada durante assembleia nas cidades de Brusque e Botuverá nos dias 8 e 9 de março, solicita reajuste salarial de 6% nos salários do empregados do setor.
Outras duas cláusulas na Convenção Coletiva também foram apresentadas. A primeira diz respeito ao aviso prévio que deve ser cumprido pelo trabalhador que sair da empresa, seja por decisão dele ou do empregador. O Sintricomb entende que o período que ele ainda permanece à disposição da antiga empresa fique bem claro e definido, assim como sua liberação imediata quando já encontrar outra colocação.
Outra proposta diz respeito ao período que antecede a aposentadoria do empregado. Chamada de pré-aposentadoria, a regra, se aceita pelos empresários, proíbe que o empregado seja demitido quando faltar apenas um ano para se aposentar. O objetivo, segundo Otaviano, é de garantir que o ele não fique desamparado.
Uma nova reunião será realizada entre as comissões, mas sem data ainda definida.
A Convenção Coletiva da construção civil e mobiliário atinge entre cinco e seis mil empregados que atuam no setor na região de Brusque, principalmente nas cidades de Brusque, Guabiruba, Botuverá e Nova Trento.