Sintricomb sedia reunião do Fórum Sindical e negociações coletivas dominam conversa
O Fórum de Entidades Sindicais de Trabalhadores de Brusque e região esteve reunido na tarde desta segunda-feira, 14. A reunião ordinária de maio aconteceu na sede do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Brusque e região (Sintricomb). As discussões sobre o andamento das negociações coletivas de trabalho e a dificuldade de fechamento das mesmas foi o destaque do encontro.
Os sindicalistas afirmam que a dificuldade está no fato de muitos empregadores querem aplicar integralmente as alterações advindas com a reforma trabalhista, aprovada e em vigor desde novembro de 2017. Porém, muitas dessas mudanças vão prejudicar o empregado, o que tem sido evitado pela negativa dos sindicatos em aceitar.
O presidente do Sintricomb, Izaias Otaviano, comentou que a negociação com o sindicato patronal da construção civil, o Sinduscon, já teve início. A decisão ainda não saiu por conta da dificuldade imposta pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), que tem orientado seus filiados a endurecerem as negociações.
“Não está sendo fácil, mas creio que em breve vamos conseguir fechar”, disse ele na reunião.
Alguns sindicatos estão com negociações desde o ano passado em aberto, ainda ao chegaram a um acordo. Outros acabaram ajuizando essas negociações. É o caso do Sindicato dos Empregados no Comércio, cujo acordo não foi possível devido a discordâncias em mudanças propostas pelos empregadores. Situação que tem persistido em outros segmento.
“Eles (patrões) vieram com uma pauta de todo tamanho, querendo mexer em vários pontos da reforma e aplicar nas convenções. Muitos trabalhadores não deram importância para a reforma trabalhista, pensando apenas em não pagar aquele um dia da Contribuição Sindical. Porém, estão vindo outras situações que poderão acarretar em prejuízos ao trabalhador”, pondera o coordenador do Fórum, Jean Carlo Dalmolin.
Ele cita o caso do setor têxtil, cujo acordo entre empregados e patrões segue indefinido. As empresas querem retirar da Convenção Coletiva o subsídio pago aos cônjuges dos funcionários, além de reduz ir o adicional noturno de 28% atuais para 25%.
Em muitos segmentos, o impasse está concentrado no reajuste salarial pleiteado por empregados. É o caso do setor das empresas produtoras de materiais plásticos e da indústria química.
“A dificuldade está sendo avançarmos no percentual de negociação. Como tempo um percentual baixo de inflação, a dificuldade em obtermos um ganho real e maior ao trabalhador é enorme. A classe patronal está organizada e temos enfrentado essa principal dificuldade. Como temos um índice de inflação na casa de 1,5%, um reajuste de 2,0% ou 2,5% acaba não agradando ao trabalhador”, frisa o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Material Plástico e Químico (Sintiplasqui), Ednaldo Pedro Antonio.
Das entidades integrantes do Fórum Sindical de Brusque, estão em fase de negociação os setores do comércio, construção civil, plásticos e químicos, têxtil, hotelaria e metalúrgico. O dos servidores públicos encerrou a negociação e nos setores dos bancários e do vestuário ela ocorre nos meses de agosto e setembro, respectivamente.
Outros assuntos
A reunião do Fórum deste mês contou com as presenças de convidados, que compareceram para explanar aos membros do órgão sobre assuntos específicos. O vereador Paulinho Sestrem (PRP) falou sobre o trabalho da Câmara Municipal de Brusque, enquanto que é médico Juan Khacyo Gonzales de Holanda falou a respeito de convênio da Clínica Santa Rita com sindicatos para atender na área da saúde, e o gestor da Dialética Comunicação, Alan Alcântara, apresentou modelo de APP voltado para o segmento sindical.
A próxima reunião do Fórum acontecerá no mês de junho, com data a ser definida, na sede do Sintrivest.