Trabalhador ficou com sequelas após descarga elétrica e queda de altura
Aos 67 anos de idade, o seu Sebastião Teles teve a sorte que muitos trabalhadores da construção civil não tiveram. Ele sofreu um acidente de trabalho há muitos anos, situação que além de quase tirar sua vida o deixou em grande dificuldade financeira naquele momento.
Hoje, aposentado, ele alerta aos trabalhadores em geral para se protegerem e usarem equipamentos de proteção para não passarem pelo que ele passou.
“Fomos fazer o telhado. Acho que encostei a trena e deu um curto circuito de 32 wats. Derreteu a furadeira que estava na minha mão e, ainda por cima, caí de nove meros e meio”, relembra.
Sebastião conta que ficou em coma no hospital. Foram nove dias internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Foram duas cirurgias por conta do acidente, uma na ocasião em que foi hospitalizado e a outra seis meses depois, após sentir complicações.
“Fiquei em péssima condição. Não tinha como trabalhar tinha sete filhos pequenos. Ficamos numa pior por muitos anos, porque também não pode me encostar”, conta.
Foram três anos sem ter o auxílio do INSS e contando com ajuda de amigos que doar vocês as básicas, além de outros itens para que a família pudesse sustentar. Seu Sebastião lembra que durante oito anos permaneceu dependendo do benefício da Previdência Social. O que não era suficiente para sustentar a família.
O acidente lhe rendeu sequelas graves. Seu Sebastião teve toda parte do abdômen da barriga abertos pelos médicos para realizar as cirurgias. Tudo em função de um instante de descuido e por não estar utilizando equipamentos adequados.
Hoje, aposentado por idade, seu Sebastião continua trabalhando para poder complementar a renda, apesar dos filhos já estão crescidos. Ao relembrar da situação e de outros fatos que acabaram colocando em risco sua vida ele faz um alerta para os trabalhadores.
“Hoje eu tomaria mas cuidado. Usar cinto, passou de dois ou três metros de altura, estou usando cinto. É o certo. Tem que cuidar muito, porque não vale a pena arriscar muito a vida. Segurança é a primeira coisa”, finaliza.