SINTRICOMB participa de lançamento de livro sobre criação do piso regional de SC

Em ato realizado na sede da federação dos Comerciários do Estado de Santa Catarina (FECESC), em Florianópolis, foi lançado na quarta-feira, 13, o livro Piso salarial de Santa Catarina – uma luta para não esquecer. A obra faz um resgate das tratativas para criação e implementação do salário mínimo do estado, que foi dividido em quatro faixas. O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Brusque e região (SINTRICOMB) esteve presente.

Além das tratativas em torno de articular a coleta de assinaturas para o projeto de inciativa popular que permitiu levar a proposta até a Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), o livro também registra as negociações que ocorreram nos anos seguinte entre empresários e representantes dos trabalhadores, através de sindicatos, centrais sindicais e federações.

O trabalho de elaboração do livro foi coordenado pelo coordenador sindical do Departamento de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), Ivo Castanheira, e pelo supervisor técnico do órgão, José Álvaro Cardoso, com autoria dos jornalistas Maria Helena de Morais e Sérgio Luiz Homrich.

Além de Santa Catarina, outros quatro estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul) possuem um salário mínimo regional, cujo valor fica acima do mínimo nacional. No estado barriga verde, são quatro faixas que compõem todos os setores da economia.

Como se dá a negociação do valor do piso regional

A definição dos valores do piso regional de Santa Catarina envolve entidades que representam trabalhadores e empresários. Da parte laboral estão centrais sindicais e federações. Os empresários também são representados por entidades ligadas à classe, como a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC).

Após rodadas de conversas e negociações, eles acertam o percentual a ser reajustado as quatro faixas. Com isso, um projeto de lei é enviado pelo governo do estado à Alesc, que aprova ou não. Desde sua criação, em 2011, até hoje a proposta nunca foi rejeitada, por se tratar de negociação direta entre empregados e patrões.

O presidente do SINTRICOMB, Izaias Otaviano, que também preside a Nova Central Sindical de Trabalhadores de Santa Catarina (NCSTSC), foi numa das autoridades citadas no ato de lançamento do livro.

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