Sintricomb participa da reunião do Fórum Sindical de Brusque
O Sintricomb participou da reunião mensal do Fórum de Entidades Sindicais de Trabalhadores de Brusque e região, realizada na tarde de segunda-feira, 13, no Sintrivest. A diretora Patricia Cestari representou a entidade na ocasião.
Patricia abordou, na oportunidade, sobre a negociação coletiva da construção civil e do mobiliário deste ano, encerrada em abril. Afirmou que houve acero entre o sindicato laboral, Sintricomb, e o patronal, Sinduscon, para que haja reajuste salarial de 5,5% para quem recebe os pisos da categoria, e o referente ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) para quem ganha acima dos pisos, além de valores no subsídio cônjuge, prêmio assiduidade e a inserção de cláusula que garanta estabilidade ao trabalhador que está prestes a se aposentar quando restar um ano para isso.
Ainda na reunião do Fórum Sindical, os sindicatos debateram a possibilidade de ter o próprio posto de combustíveis para fornecer a preço reduzido ou de custo aos associados. O elevado preço dos combustíveis na cidade, principalmente a gasolina, em comparação a outros municípios da região, requer ação imediata para auxiliar os mais de 40 mil associados aos doze sindicatos que integram o órgão.
A situação foi levantada no encontro pelo presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Brusque (Sinseb), Orlando Soares Filho, que também é secretário do Fórum na atual gestão. Ele relatou casos em que verificou a disparidade no preço da gasolina entre Brusque e Itajaí, por exemplo. Além disso, a proximidade de preço explorado pelos postos em Brusque chama atenção, levantando de tempos suspeita de formação de carteis entre os estabelecimentos – quando preço é combinado.
“É em todas as categorias, mas na minha, em especial, a dos servidores públicos, os trabalhadores utilizam e precisam de veículos para chegar a seus postos de trabalho. E R$ 0,30 a mais em relação a postos de outras cidade sé um crime e pesa no salário. Trouxe esse tema para o Fórum Sindical”, destaca ele.
Na reunião, os membros do Fórum discutiram desde a elaboração de estuado para ver a possibilidade de se ter um posto a fornecer combustível aos associados – considerando os dependentes, o número de pessoas atendias passa de 50 mil -, até denúncia junto aos órgãos fiscalizadores, como Procon e Ministério Público, sobre a suspeita de formação de cartel.
O coordenador do Fórum, Jean Carlo Dalmolin, afirma que na atual situação que vivem os sindicatos, com grandes dificuldades de negociar itens como reajuste salarial, as entidades precisam voltar sua atenção a outros problemas que afetam o trabalhador e, dessa forma, buscar novas formas de auxiliar as categorias. Assim como já é feito há muitos anos na área de assistência em saúde.
“Enquanto que na região, Itajaí e Blumenau, o preço da gasolina custa na faixa de R$ 4,00, aqui em Brusque é praticado de R$ 4,39 a R$ 4,60. Deve existir alguma coisa de errado nisso”, pontua ele sobre a situação.
Ideia é semelhante à adotada na abertura de farmácia
Na década de 1990, vários sindicatos de trabalhadores de Brusque se uniram para abrir um estabelecimento farmacêutico e vender medicamentos a preço de custo ou reduzido para associados. Assim nasceu a Farmácia do Trabalhador, em atividade até os dias de hoje.
O estabelecimento fica localizado no Centro de Brusque e possui filial na cidade de Guabiruba. Nela, os associados aos sindicatos mantenedores podem comprar medicamentos e outros produtos a preços reduzidos. O valor fica até 50% mais barato que nos demais estabelecimentos.
“A Farmácia do Trabalhador cumpriu um importante papel social”, afirma Jorge Luiz Putsch, secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos (Sintimmmeb), uma das entidades mantenedoras da farmácia.