Uma preocupação de todos

No último mês, setembro de 2012, a construção civil e o mobiliário de Brusque sofreu mais uma lamentável baixa. A morte de um companheiro trabalhador, que realizava a instalação de equipamento de pára-raios em um galpão no Bairro Limoeiro, na divisa com Itajaí, nos deixou desolados. Caso que corroborou algumas estatísticas de entidades oficiais de que a construção civil figura entre os setores da economia em nível nacional que mais registra acidentes fatais.
Segundo os mesmo dados, a região de Brusque está entre as que mais possuem vítimas fatais em Santa Catarina na construção civil.
No último um ano, houve o registro de quatro mortes em nossa área de atuação. Mas o que chama atenção e precisa ser destacado é que em todos estes casos os trabalhadores vitimados atuavam de forma chamada autônoma, ou por conta própria, como conhecido no dito popular. Não passaram por treinamento e foram contratados para executar os referidos serviços sem que houvesse, de ambas as partes, sua e de quem os contratou, a preocupação com os mínimos fundamentos da segurança no trabalho.
É visto que a maioria dos acidentes de trabalho têm ocorrido com trabalhadores que ou atuam na informalidade ou, como já falamos, por conta própria. Raramente as vítimas envolvidas estão devidamente legalizadas, constituídas em uma empresa com carteira assinada. Isso tende a uma explicação: as empresas têm, juntamente e por ação mais efetiva do Sintricomb, dado maior atenção a questões que remetem à segurança e saúde do trabalhador.
Prova disso tem sido o interesse dispensado por elas quanto aos cursos, palestras e outros tipos de eventos voltados ao assunto e capitaneados pelo sindicato. Os reflexos são visíveis.
E é nesse caminho que precisamos seguir para mudar este índice que tem assolado nosso setor. É necessária também a preocupação de quem vai contratar uma pessoa para realizar determinada tarefa para que atente à responsabilidade que estará assumindo. muitas vezes o preço de se optar por um profissional “autônomo”, sem vínculo e, da mesma forma, treinamento, pode sair caro demais.
O sindicato, enquanto entidade representativa da classe trabalhadora, está fazendo sua parte. Da mesma forma as empresas que atuam de forma idônea e dentro da lei também. Mas esse é uma preocupação que deve ser tomada por todos.

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